
Horta Comunitária
Sobre a Horta
O projeto voluntário de uma horta comunitária desenvolvido por moradores do bairro Granja Verde, em Betim, na região metropolitana, em conjunto com o ex-administrador da regional Imbiruçu Ronie Von Fonseca, o Neguinho, beneficia mais de 50 famílias da região. O objetivo da ação, que começou em agosto do ano passado, é dar aos participantes a oportunidade de cultivar hortaliças, de trocar experiências e conhecimentos, e, ainda, de trabalhar e ter renda.
A área - que pertence à Cemig e tem aproximadamente 8.000 m² – era tomada por lixo e entulho antes de receber o plantio das mudas. “Recolhíamos cerca de 12 caminhões de resíduos no terreno por semana. Foi então que, em conversa com moradores da região, pensamos em criar a horta. A Cemig abraçou o projeto e emprestou o local”, detalha Neguinho.
Segundo ele, o terreno foi dividido em blocos, e cada um foi destinado a uma das famílias cadastradas pela associação do bairro. No local já foram plantados repolho, tomate, alface, mandioca e cebolinha, entre outros alimentos. “Como a terra não era boa para plantação, conseguimos a doação de 84 caminhões de terra fértil, além de algumas mudas que foram entregues à comunidade, em parceria com a Regional Petrovale”, lembra o ex-administrador do Imbiruçu.
A maior parte da produção é consumida pelos próprios agricultores, e o excedente é comercializado ou fornecido a famílias carentes da região. Alguns depoimentos:
“Na minha horta, há alface, cebolinha, couve, espinafre e mandioca. Todos esses alimentos saudáveis integram o cardápio das refeições lá de casa e de outras famílias do bairro Granja Verde e da região”, diz o autônomo Adão Nascimento da Cruz, 47.
“Eu ficava muito presa em casa, não me sentia útil. Hoje me distraio aqui porque adoro cuidar das plantações”, garante a dona de casa Maria Tereza Santos, 68.
Morador do bairro há 23 anos, comemora os inúmeros benefícios gerados à região pela horta:
“O terreno antes era usado como bota-fora. Havia muito lixo e até animais mortos. A gente sofria com os ratos invadindo nossas casas. Era até perigoso, e muita gente evitava transitar na região à noite”, afirma o aposentado Gabriel Teotônio, 48.
Um dos cofundadores da iniciativa, o morador comemora os resultados:
“O projeto começou pequeno, mas cresceu muito graças ao trabalho dos voluntários. É possível lucrar até um salário mínimo mensalmente com a venda das hortaliças”, destaca Joaquim Lopes dos Santos, 48.
A iniciativa já conta com o apoio de técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), que auxiliam os moradores no plantio e no cultivo da horta.
Futuro - Ainda de acordo com o cofundador, o objetivo é, com o tempo, fazer parcerias e vender o que for cultivado na horta em feiras e creches. Neguinho afirmou que a ideia é expandir o projeto para outras regiões de Betim.
Conhecido em Betim, na região metropolitana, como Neguinho, Ronie Von Fonseca sonhava em fazer com que a horta voluntária servisse como atividade econômica para as comunidades mais carentes do bairro Granja Verde.
No entanto, a realização do ideal de Neguinho foi inviabilizada quando ele teve a própria nomeação anulada pelo prefeito de Betim, Carlaile Pedrosa, em março deste ano.
Naquela época, Neguinho também teve que abandonar a coordenação do programa Cidade Limpa, voltado para a limpeza urbana.
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